O que aconteceu com a honestidade, integridade e civilidade?
Parece que a expressão destes valores fundamentais diminuiu significativamente
Arnaldo Carrera. (Foto: Divulgação)
Estes valores parecem ter sido perdidos no cenário atual, pois os políticos e os funcionários públicos priorizam o sensacionalismo e a retórica polarizadora sobre a substância e a honestidade. É hora de restaurar estes valores ao processo eleitoral e exigir que nossos funcionários eleitos atuem com honestidade, integridade e civilidade no desempenho de suas funções. As campanhas políticas sempre foram controversas. Entretanto, desde apenas algumas décadas atrás, parece que a expressão destes valores fundamentais diminuiu significativamente.
A honestidade é um valor fundamental que é essencial para construir confiança em qualquer relacionamento, seja pessoal ou profissional. No entanto, no clima político atual, a honestidade parece estar em falta, pois políticos e funcionários públicos frequentemente recorrem à divulgação de desinformação e meias-verdades para obter uma vantagem. Esta falta de honestidade mina a capacidade do público de tomar decisões informadas e corrói a confiança no processo político.
A integridade é outro valor crítico que parece ter sido perdido no clima político de hoje. A integridade envolve agir de acordo com os mais altos padrões e princípios éticos e colocar as necessidades do público em primeiro lugar. No entanto, com demasiada frequência, os funcionários públicos são influenciados pela influência de grandes doadores e interesses especiais. Isto leva a um preconceito em relação aos interesses desses grupos e não às necessidades do público em geral. Isto mina a integridade do processo político e corrói a confiança no governo.
A civilidade também é um valor que parece estar em falta nos dias de hoje. A civilidade envolve tratar os outros com respeito e agir de forma a promover o diálogo construtivo e a colaboração. Entretanto, as campanhas políticas e o discurso público são frequentemente caracterizados por ataques pessoais e chamadas de atenção, em vez de discurso respeitoso e civilizado. Este tipo de comportamento serve apenas para polarizar ainda mais o público e minar a confiança no sistema político.
As campanhas políticas são uma parte vital do processo democrático. Elas oferecem aos candidatos a oportunidade de apresentar suas ideias e plataformas ao público e buscar seu apoio. Entretanto, em tempos recentes, tem havido uma tendência perturbadora de falta de honestidade, integridade e civilidade nas campanhas políticas. Este é um problema que deve preocupar todos os cidadãos, pois mina a integridade do processo democrático e corrói a confiança pública no governo.
Nem tudo, porém, é desgraça e tristeza. Há medidas que podem ser tomadas para restaurar a honestidade, a integridade e a civilidade nas campanhas políticas. (a) As organizações de verificação de fatos e os meios de comunicação podem desempenhar um papel crucial para responsabilizar os candidatos por suas declarações. (b) A reforma do financiamento de campanhas pode ajudar a nivelar o campo de atuação e reduzir a influência de interesses especiais. E (c) os indivíduos também podem fazer a diferença ao exigir de seus representantes um discurso mais respeitoso e civilizado. Além disso, eles podem participar do processo político de forma responsável e ética e exigir que seus representantes representem seus valores.
Arnaldo Carrera é um ex-vereador no Município de Belleville, N.J. e foi o primeiro brasileiro-americano eleito para um cargo público nos EUA em 1996. Ele é atualmente o sócio-gerente de uma empresa de consultoria global na cidade de Nova York.
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