Páscoa de Vilmar Mendonça Vieira, mais conhecido como: Timburé de Santa Luzia
Muito mais que um zelador, um homem fiel à Nossa Senhora e à Virgem Santa Luzia
Vilmar Mendonça Vieira, Timburé: 12/09/1942 - 07/03/2023. (Foto: Reprodução) |
É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Vilmar Mendonça Vieira (80), mais conhecido como Timburé, ocorrido nesta terça-feira (7). Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e todos aqueles que tiveram a oportunidade de conviverem com este nosso irmão.
Timburé era também funcionário da Paróquia Divino Pai Eterno exercendo a função de zelador na Igreja Santa Luzia, localizada na Vila Pai Eterno, próximo à antiga feira coberta e ao atual Terminal Rodoviário Municipal.
Morando sempre ali, ao lado da Igreja, Timburé e muito mais que um zelador, homem fiel à Nossa Senhora e à Virgem Santa Luzia, fazia de tudo para não se afastar ali daquela comunidade. Abria a igreja e gostava de estar por perto sempre que aparecesse algum devoto. Abria para as missas e cumprimentava a todos que ali viessem com um largo sorriso nos lábios.
Aos domingos, por ocasião da feira livre que acontecia em frente a Igreja, montava várias barracas para os feirantes que já chegavam e pegavam tudo pronto. Durante o dia de domingo guardava carros no pátio da igreja e batia papo com todos que por ali passassem. Penso que não tem em Trindade ou por parte dos romeiros que por ali passassem quem nunca tenha visto esse amigo correndo de bermudas e chinelos de dedo, tentando agradar a todos e a todos cumprimentando.
Residia também ali, ao lado da Igreja de Santa Luzia, local em que a querida é estimada Eurides ainda mora. Por falar na esposa, ela diz que nunca precisou fazer muita coisa, ele é quem sabia fazer tudo. Comprar, arrumar, pegar as coisas, arrumar a casa… E tantas outras coisas do dia a dia. Nos últimos anos conseguiu ajuntar dinheiro e derrubar a sua casinha para fazer uma totalmente nova, tudo para agradar a esposa e a família que tanto amava.
No universo da biologia, “timburé” é um peixinho esperto, um pequeno piau rápido e arisco, difícil de ser pescado pela sua habilidade em roubar a isca e sair nadando rapidamente. Não sei dizer se o apelido veio por causa do peixinho rápido e traquino, mas não duvido, pois o Sr. Timburé era um exímio pescador de rios e riachos da região e sua paixão era sair sempre que podia em seus dias de folga para a beira de um rio. Nunca voltava de mãos vazias, mostrando que o timburé do chão em sua presteza, sobressaia o timburé das águas.
Como se diz no Bendito de Santa Luzia sobre os devotos da mesma que agem com caridade, timburé hoje volta pro céu e recebe a salvação:
“Ofereço esse Bendito a Senhora Santa Luzia, que me livre de cegueira, Senhora Santa Luzia, Ofereço essa esmola dada de bom coração neste mundo ganha um prêmio, no outro a salvação!”
As exéquias aconteceram nesta terça-feira (7), às 16:30h, na Igreja Santa Luzia, onde familiares e amigos puderam prestar suas últimas homenagens e dar adeus a este grande homem. (Padre João Bosco, Pároco da Paróquia do Divino Pai Eterno)
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