Adversários nas eleições 2020 agora parceiros de olho nas eleições de 2024

Marden Júnior já teve como adversários Dr. Antônio, Raphael Gratão e Aninha Carvalho, mas hoje são aliados políticos

Marden Jr, Dr. Antônio, Raphael e Aninha. (Fotos: Diomício Gomes/OPopular|Reprodução)


Nas eleições municipais de 2020, foram concorrentes Marden Júnior (Patriota), o vitorioso com 21.930 votos, 37,72% dos votos válidos; aparecendo na segunda posição Dr. Antônio (DEM), que obteve 16.607 votos, 28,57% dos votos válidos; Dr. George (PDT) ficou na terceira colocação, pois recebeu 14.942 votos, 25,70% dos votos válidos e em últimos figurou Alexandre César (PSD) e seus 4.657 votos, 8,01% dos votos válidos. Acho que vale a pena mencionar que Marden Júnior trocou o Patriota pelo União Brasil (UB), resultado da fusão entre o DEM e o PSL. Uma característica em comum, todos os candidatos aí é que eles integravam e ainda integram a base de apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB).

Os políticos são dinâmicos demais da conta, como se diz, e o quadro atual da política trindadense ficou curioso. Dr. Antônio foi candidato a prefeito e agora é aliado do ex-adversário e atual prefeito Marden Júnior. Raphael Gratão foi candidato a vice-prefeito na chapa de Dr. Antônio, tornou-se homem forte do PP de Trindade e também já se aliou ao prefeito da “Capital da Fé”. A ex-vereadora Aninha Carvalho, então do Solidariedade, foi candidata a vice-prefeita na chapa de Dr. George, hoje vai muito bem obrigado ao lado do prefeito trindadense.

Nas tricas e futricas da política “os aliados de hoje são os inimigos de amanhã”, acho que foi o Maquiavel quem disse isso. Mas o contrário, “os adversários de hoje serão os parceiros de amanhã”, também está valendo. E ele, o Maquiavel, sabia tudo dessa arte, né não? Outro mestre da política brasileira, o saudoso Ulisses Guimarães afirmava que “não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira. A Pátria não é capanga de idiossincrasias pessoais. É indecoroso fazer política uterina, em benefício de filhos, irmãos e cunhados. O bom político costuma ser mau parente”. O que diria o Senhor Diretas caso ainda vivo estivesse diante do que acontece na política desse país “em que se plantando tudo dá”?

Retomando o fio da meada para terminar logo que essa nota nasceu para ser curtinha, o caso é que os políticos querem mesmo estar de bem com o poder, e ponto final. Os líderes políticos até disputam eleições uns contra os outros, xingam-se mutuamente no calor da peleja em busca dos votos dos incautos eleitores, muitos se pintam de incansáveis defensores da moral, dos bons costumes, da pátria e da família, no entanto, ganhando ou perdendo sempre dão um jeito de estar confortavelmente num lugar à sombra do poder. Compreende-se: O sol queima, ora pois.

Comentários

Anônimo disse…
Na verdade nunca foram adversários. Fazem esse emaranhado todo pra enganar o eleitor!