Lula e o agro
Dificilmente haverá retrocessos com a volta do petista, pois cadeias produtivas criaram dinâmicas menos dependentes do Estado Xico Graziano: reanimar e revalorizar a Embrapa. (Foto: Divulgação) Com a vitória de Lula, o que acontecerá ao agro? Minha resposta é rápida e simples: quase nada. Pouco mudará. Os bolsonaristas odeiam escutar isso. Mas é a pura verdade. A dinâmica recente do agronegócio brasileiro, que o tornou pujante, não dependeu apenas do governo atual. Essa exitosa história vem sendo construída há tempos. E tem vários protagonistas. Começou há cerca de meio século, quando o engenheiro agrônomo mineiro Alysson Paolinelli comandou o ministério da Agricultura, de 1974 a 1979, no governo militar de Ernesto Geisel. Nessa época surgiu o sistema nacional de crédito rural e se criou a famosa Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O grande desafio da sociedade brasileira residia, então, na acelerada urbanização do país. Como abastecer com alimentos as metrópoles, qu